terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Conheça o segredo da cozinha das bruxas.



Patas de aranha! Moscas mortas! Besouros secos! Todos esses nomes assustadores que as bruxas falam quando fazem suas poções mágicas, são, na verdade, apenas códigos criados para manter em sigilo os ingredientes de suas receitas. Há muito tempo, o conhecimento era privilégio de poucos e tudo era rigorosamente controlado, inclusive as receitas. Saber usar ervas e plantas naquela época era considerado “coisa das trevas”.

Muitas mulheres que não respeitavam as normas e usavam ervas e plantas com fins medicinais, acabaram mortas em fogueiras. Assim surgiu a bruxa, uma mulher maligna cheia de feitiçaria.

Quando pensamos em bruxa, logo imaginamos aquela figura com nariz e unhas gigantes, chapéu preto e vassoura. Essa imagem que temos foi construída ao longo dos anos, com uma grande contribuição dos filmes e contos de fadas. Afinal, quem nunca teve medo daquela bruxa horrorosa que aparece nos filmes mexendo seu caldeirão e atirando nele várias patas de aranha?

Mas ninguém precisa ficar com medo. Se pesquisarmos um pouco, logo descobrimos que as tais “patas de aranha” não passam de inofensivos raminhos de alecrim e que esta foi apenas a forma que as mulheres encontraram para manter em segredo os ingredientes que usavam. Com o passar do tempo, o hábito de dar apelidos aos insumos se transformou numa grande brincadeira, e novos nomes foram surgindo.

Conheça alguns ingredientes e seus nomes macabros:

Barriga de Sapo: pepino
Beijo de Sereia: sal
Besouros secos: lentilhas
Bolas de sopro: dente de leão
Botões de solteirão: calêndula
Cauda de raposa: cavalinha
Chifres de carneiro: orquídea
Cifre de rinoceronte: nabo
Coração de boi: tomate
Dedos sangrentos: dedaleira
Elfos negros: chá preto
Fibras de coração de dragão: batata
Gordura de criança não batizada: toucinho
Lágrimas de moça: cebola
Luar do arvoredo: jasmim
Moscas mortas: uvas passas
Nariz de gnomo: pimentão
Olho de gato: rabanete
Olho de sapo: ervilha
Ovo de dinossauro: ovo
Patas de urubu: mandioca
Pêlos de unicórnio: açúcar
Pêlos de gato: capim cidreira
Penas de fênix: louro
Pernas de aranha: alecrim
Pó de asa de morcego: pimenta do reino
Pó de cemitério: pó de patchouli
Poeira doméstica: farinha de rosca
Rabo de cavalo: cavalinha
Rabo de escorpião: salsa
Raios de Sol: fubá
Saliva de dragão: vinagre
Sangue de dragão: resina em pó com este nome
Sangue de moça virgem: vinho tinto
Sêmen: leite
Sinos dos mortos: dedaleira
Terra de túmulo: chocolate
Unhas do pé: amêndoas

O caldeirão
Segundo o livro “Enciclopédia de Wicca na Cozinha”, de Scott Cunningham, os caldeirões foram, outrora, os potes comuns da culinária, usados por toda a Europa. Feitos de ferro, marcados com listas para medidas, e no formato com três pés longos, milhões de caldeirões têm sido presos ou colocados nas lareiras para cozinhar a refeição da família – as tão amadas marmitas dos cozinheiros contemporâneos têm suas origens no modesto caldeirão. A associação do caldeirão com as Bruxas deriva da infame cena das “três Bruxas” na obra Macbet, de Shakespeare. Usar um pote de ferro para a preparação de bebidas (como os chás eram feitos), ou cozinhar, era comum no século XVI. O que foi incomum e a atenção do público foi o tipo de cozimento feito por estas três mulheres.

Entre alguns Wiccanianos modernos, o caldeirão é honrado como um símbolo da Grande Mãe, assim como as tigelas, os jarros e os potes. Potes de ferro fundido com três pés ainda são produzidos para propósitos decorativos e ocultos, mas não recomendamos cozinhar em um caldeirão, a menos que você tenha uma lareira aberta e tempo de sobra. Levam-se horas para ferver a água em um destes grandes potes de ferro.casamagica-morgana.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário