Horrores no Museu de Cera
Museus com reproduções de cera de animais extintos, aberrações, personalidades, figuras históricas e da cultura popular, remontam a idade média. O mais famoso internacionalmente é o Madame Tussauds, inaugurado em Londres em 1835 e em atividade (e com filiais em várias partes do mundo) até hoje.
Muitos destes museus possuem as chamadas Câmaras de Horror, aonde figuras realistas de criminosos notórios e monstros clássicos causam fascinação e medo. Filmes passados nestas locais e com horrores "verdadeiros" ou fantásticos, sempre renderam nas telas.
Cabeças decapitadas de cera do Madame Tussauds
Um dos primeiros filmes a explorar o suspense e mistério dos Museus de Cera foi "Figures de Cire" (1914) de Maurice Tourneur, e a situação do homem corajoso que passa a noite em uma casa de cera e é assombrado pelas figuras, se tornou um dos clichês do gênero. Um filme mudo perdido por muito tempo e depois parcialmente restaurado.
https://www.youtube.com/watch?v=e8epizeFCvI
"Das Wachsfigurenkabinett" ( Waxworks/O Gabinete das Figuras de Cera, 1924) de Paul Leni, é um clássico filme expressionista do cinema mudo.
Ao serem contadas as histórias de 3 personagens em exibição em um museu de cera, Leni tece três contos sobre a maldade humana. Emil Jannings estrela como o déspota do Oriente Médio Harroun al Raschid; Conrad Veidt é escalado como Ivan, o Terrível; e Werner Krauss personifica Jack, o Estripador.
Com a força do filme, Leni foi convidada para Hollywood por Carl Laemmle, da Universal, e o resultado foi o clássico do gênero casa mal-assombrada, "O Gato e o Canário" (1927). Infelizmente, a maioria das cópias sobreviventes de "Waxworks" são retiradas da adulterada e light versão americana lançada na época.
"The Mystery of the Wax Museum" (Os Crimes do Museu, 1933) de Michael Curtiz, começa em Londres em 1920, quando o brilhante escultor Ivan Igor ( Lionel Atwill ) se recusa a transformar o seu museu de cera em uma forma mais rentável de "casa do horror".
Seu sócio ambicioso coloca fogo no lugar, na esperança de receber o seguro, e Ivan é atingido pelo fogo. 1933: New York City é atormentada por vários desaparecimentos - não só de pessoas vivas, mas de cadáveres recentemente falecidos da morgue. Um novo museu de cera é aberto por Ivan Igor, que sobreviveu ao incêndio de Londres, mas agora está confinado a uma cadeira de rodas. Quando o escultor decide que a jovem Charlotte (Fay Wray) é a imagem viva de Marie Antoinette - sua antiga figura preferida perdida no incêndio - começa a revelação de todas aquelas estátuas incrivelmente realistas são cadáveres cobertos de parafina!
Primeira adaptação do conto "Le Masque de Cire" de Gaston (Fantasma da Ópera) Leloux. Filmado em um revolucionário (na época) sistema de Technicolor em duas cores, foi considerado um filme perdido por muito tempo, até ser redescoberto na coleção pessoal de Jack Warner em 1970, e restaurado por dedicados técnicos.
"Midnight at the Wax Museum" ( ou Midnight at Madame Tussaud's, 1936) de George Pearson.
Em grande parte filmado em locações dentro do museu de cera de Madame Tussauds, este filme de suspense gira em torno de um banqueiro que aposta que pode passar uma noite inteira na Câmara de Horror do museu de cera de Londres. Infelizmente, uma vez lá, ele descobre que pode ser vítima de um assassino em potencial, de olho em sua fortuna...
"Charlie Chan at the Wax Museum" ( Charlie Chan no Museu de Cera, 1940) de Lynn Shores
O famoso detetive Charlie Chan (Sidney Toler) e diversos personagens diferentes, são convidados para a cerimônia de abertura de um museu de cera dedicado aos grandes assassinos da história.
Uma onda de assassinatos subseqüente parece ser realizado pelas efígies de cera. Tudo é armação do gangster foragido McBirney (Marc Lawrence) e do cirurgião plástico louco Dr. Cream (Henry Gordon), que dirige o local e está modificando o rosto do bandido. Bastante suspense e clima em um dos grandes filmes com o personagem do detetive chinês, aqui vivido por seu segundo mais famoso intérprete (Toler substituindo muito bem Warner Oland).
"The Frozen Ghost" (1945) de Harold Young.
Lon Chaney, Jr. é "Gregor, o Grande", um hipnotizador teatral azarado, que depois de aparentemente causar a morte de um de seus voluntários da platéia, é forçado a se esconder. Ele acaba conseguindo um emprego em um museu de cera, aonde alguns fatos assustadores acontecem.
Na verdade, tudo é parte de um esquema nefasto tramado pelo gerente desprezível de Gregor (Milburn Stone), com ajuda de Rudi (Martin Kosleck) - escultor das figuras de cera - para enlouquece-lo e roubar sua namorada (Evelyn Ankers)!
Quarto filme da série "Inner Sanctum", da Universal , estrelada por Chaney . Apesar do título, nenhum fantasma realmente aparece - congelado ou descongelado.
"House of Wax" (Museu de Cera, 1953) de Andre de Toth.
Vincent Price interpreta o professor Henry Jarrod, o proprietário de um museu de cera, que fica preso no lugar durante um incêndio criminoso. Anos depois ele reabre um novo museu com figuras incrivelmente realistas, apesar de ele estar preso a uma cadeira de rodas e com as mãos deformadas.
Ao mesmo tempo, um criminoso mascarado aterroriza a cidade, matando pessoas para depois roubar seus corpos do necrotério.
Remake simplificado (mas muito bem produzido) do filme de 1933, e que foi a mais bem sucedida (financeiramente) produção em 3-D da década de 1950. Price em seu primeiro papel de Terror; Charles Bronson - ainda assinando como Charles Buchinsky - é uma presença ameaçadora como o escultor surdo-mudo assistente de Jarrod (apropriadamente chamado "Igor"); Carolyn Jones (a futura Morticia Adams) como uma das vítimas e, Phyllis Kirk como a mocinha.
Ironicamente, Andre de Toth, diretor do filme, tinha apenas um olho bom, e tinha que pedir constantemente para seu elenco e equipe, se os vários efeitos em 3-D estavam saindo corretamente.
Diversas comédias de terror também utilizaram o expediente de colocar cenas passadas em "casas de cera", como por exemplo "Abbott & Costello às Voltas com Fantasmas" (1948) de Charles Barton, com Bela Lugosi e Lon Chaney Jr.; ou "Abbott & Costello Meet Dr. Jekyll and Mr. Hyde" (1953) de Charles Lamont, com a dupla de trapalhões e o célebre veterano Boris Karloff. Em sua mais famosa sequencia, os dois policiais atrapalhados estão a caça do monstro Sr.Hyde em um Museu de Cera, quando misteriosamente as figuras do Monstro de Frankenstein e de Drácula ganham vida!
Imagem de cera de Lou Costello com Frankenstein, Drácula e o Lobisomem em um museu verdadeiro, em homenagem aos encontros dos rapazes com os monstros clássicos.
Museus de cera foram o tema de episódios de celebradas séries de terror e suspense da TV. "The Waxwork", episódio de "Alfred Hitchcock Presents" (Alfred Hitchcock Apresenta, 1959), tem um repórter (Barry Nelson), aceitando o velho desafio de passar a noite na Sala dos Assassinos de um museu;
"Waxworks", episódio de 1962 da série "Thriller" (apresentada por Boris Karloff), trazia o assustador Oscar Homolka como o proprietário de um museu de cera itinerante com figuras de assassinos. Assassinatos sempre acontecem por onde ele passa, e um detetive investiga o mistério;
"The New Exhibit" de "The Twilight Zone" (Além da Imaginação, 1963), mostrava como um funcionário de um Museu de Cera falido, para proteger as amadas figuras macabras às leva para o porão de sua casa. Logo, toda pessoa que toma contato com uma das estátuas, acaba morrendo misteriosamente...
"Santo en el Museo de Cera" (Santo Contra os Monstros do Museu de Cera, 1963) de Alfonso Corona Blake, mostrava o herói-lutador mexicano investigando uma série de desaparecimentos misteriosos.
Ele descobre que o sinistro Dr. Kurt Karol (Claudio Brook), está transformando inocentes em figuras de cera de monstros clássicos (Frankenstein, Lobisomem, Quasímodo, Fantasma da Ópera, etc) que se movem ao seu comando para cometer crimes! Na verdade são pessoas deformadas e deixadas em um estado de profunda letargia pelo cientista. Quando El Santo destrói seu laboratório para salvar a "mocinha", as criaturas se voltam contra seu criador...
Muitos destes museus possuem as chamadas Câmaras de Horror, aonde figuras realistas de criminosos notórios e monstros clássicos causam fascinação e medo. Filmes passados nestas locais e com horrores "verdadeiros" ou fantásticos, sempre renderam nas telas.
Cabeças decapitadas de cera do Madame Tussauds
Um dos primeiros filmes a explorar o suspense e mistério dos Museus de Cera foi "Figures de Cire" (1914) de Maurice Tourneur, e a situação do homem corajoso que passa a noite em uma casa de cera e é assombrado pelas figuras, se tornou um dos clichês do gênero. Um filme mudo perdido por muito tempo e depois parcialmente restaurado.
https://www.youtube.com/watch?v=e8epizeFCvI
"Das Wachsfigurenkabinett" ( Waxworks/O Gabinete das Figuras de Cera, 1924) de Paul Leni, é um clássico filme expressionista do cinema mudo.
Ao serem contadas as histórias de 3 personagens em exibição em um museu de cera, Leni tece três contos sobre a maldade humana. Emil Jannings estrela como o déspota do Oriente Médio Harroun al Raschid; Conrad Veidt é escalado como Ivan, o Terrível; e Werner Krauss personifica Jack, o Estripador.
Com a força do filme, Leni foi convidada para Hollywood por Carl Laemmle, da Universal, e o resultado foi o clássico do gênero casa mal-assombrada, "O Gato e o Canário" (1927). Infelizmente, a maioria das cópias sobreviventes de "Waxworks" são retiradas da adulterada e light versão americana lançada na época.
"The Mystery of the Wax Museum" (Os Crimes do Museu, 1933) de Michael Curtiz, começa em Londres em 1920, quando o brilhante escultor Ivan Igor ( Lionel Atwill ) se recusa a transformar o seu museu de cera em uma forma mais rentável de "casa do horror".
Seu sócio ambicioso coloca fogo no lugar, na esperança de receber o seguro, e Ivan é atingido pelo fogo. 1933: New York City é atormentada por vários desaparecimentos - não só de pessoas vivas, mas de cadáveres recentemente falecidos da morgue. Um novo museu de cera é aberto por Ivan Igor, que sobreviveu ao incêndio de Londres, mas agora está confinado a uma cadeira de rodas. Quando o escultor decide que a jovem Charlotte (Fay Wray) é a imagem viva de Marie Antoinette - sua antiga figura preferida perdida no incêndio - começa a revelação de todas aquelas estátuas incrivelmente realistas são cadáveres cobertos de parafina!
Primeira adaptação do conto "Le Masque de Cire" de Gaston (Fantasma da Ópera) Leloux. Filmado em um revolucionário (na época) sistema de Technicolor em duas cores, foi considerado um filme perdido por muito tempo, até ser redescoberto na coleção pessoal de Jack Warner em 1970, e restaurado por dedicados técnicos.
"Midnight at the Wax Museum" ( ou Midnight at Madame Tussaud's, 1936) de George Pearson.
Em grande parte filmado em locações dentro do museu de cera de Madame Tussauds, este filme de suspense gira em torno de um banqueiro que aposta que pode passar uma noite inteira na Câmara de Horror do museu de cera de Londres. Infelizmente, uma vez lá, ele descobre que pode ser vítima de um assassino em potencial, de olho em sua fortuna...
"Charlie Chan at the Wax Museum" ( Charlie Chan no Museu de Cera, 1940) de Lynn Shores
O famoso detetive Charlie Chan (Sidney Toler) e diversos personagens diferentes, são convidados para a cerimônia de abertura de um museu de cera dedicado aos grandes assassinos da história.
Uma onda de assassinatos subseqüente parece ser realizado pelas efígies de cera. Tudo é armação do gangster foragido McBirney (Marc Lawrence) e do cirurgião plástico louco Dr. Cream (Henry Gordon), que dirige o local e está modificando o rosto do bandido. Bastante suspense e clima em um dos grandes filmes com o personagem do detetive chinês, aqui vivido por seu segundo mais famoso intérprete (Toler substituindo muito bem Warner Oland).
"The Frozen Ghost" (1945) de Harold Young.
Lon Chaney, Jr. é "Gregor, o Grande", um hipnotizador teatral azarado, que depois de aparentemente causar a morte de um de seus voluntários da platéia, é forçado a se esconder. Ele acaba conseguindo um emprego em um museu de cera, aonde alguns fatos assustadores acontecem.
Na verdade, tudo é parte de um esquema nefasto tramado pelo gerente desprezível de Gregor (Milburn Stone), com ajuda de Rudi (Martin Kosleck) - escultor das figuras de cera - para enlouquece-lo e roubar sua namorada (Evelyn Ankers)!
Quarto filme da série "Inner Sanctum", da Universal , estrelada por Chaney . Apesar do título, nenhum fantasma realmente aparece - congelado ou descongelado.
"House of Wax" (Museu de Cera, 1953) de Andre de Toth.
Vincent Price interpreta o professor Henry Jarrod, o proprietário de um museu de cera, que fica preso no lugar durante um incêndio criminoso. Anos depois ele reabre um novo museu com figuras incrivelmente realistas, apesar de ele estar preso a uma cadeira de rodas e com as mãos deformadas.
Ao mesmo tempo, um criminoso mascarado aterroriza a cidade, matando pessoas para depois roubar seus corpos do necrotério.
Remake simplificado (mas muito bem produzido) do filme de 1933, e que foi a mais bem sucedida (financeiramente) produção em 3-D da década de 1950. Price em seu primeiro papel de Terror; Charles Bronson - ainda assinando como Charles Buchinsky - é uma presença ameaçadora como o escultor surdo-mudo assistente de Jarrod (apropriadamente chamado "Igor"); Carolyn Jones (a futura Morticia Adams) como uma das vítimas e, Phyllis Kirk como a mocinha.
Ironicamente, Andre de Toth, diretor do filme, tinha apenas um olho bom, e tinha que pedir constantemente para seu elenco e equipe, se os vários efeitos em 3-D estavam saindo corretamente.
Diversas comédias de terror também utilizaram o expediente de colocar cenas passadas em "casas de cera", como por exemplo "Abbott & Costello às Voltas com Fantasmas" (1948) de Charles Barton, com Bela Lugosi e Lon Chaney Jr.; ou "Abbott & Costello Meet Dr. Jekyll and Mr. Hyde" (1953) de Charles Lamont, com a dupla de trapalhões e o célebre veterano Boris Karloff. Em sua mais famosa sequencia, os dois policiais atrapalhados estão a caça do monstro Sr.Hyde em um Museu de Cera, quando misteriosamente as figuras do Monstro de Frankenstein e de Drácula ganham vida!
Imagem de cera de Lou Costello com Frankenstein, Drácula e o Lobisomem em um museu verdadeiro, em homenagem aos encontros dos rapazes com os monstros clássicos.
Museus de cera foram o tema de episódios de celebradas séries de terror e suspense da TV. "The Waxwork", episódio de "Alfred Hitchcock Presents" (Alfred Hitchcock Apresenta, 1959), tem um repórter (Barry Nelson), aceitando o velho desafio de passar a noite na Sala dos Assassinos de um museu;
"Waxworks", episódio de 1962 da série "Thriller" (apresentada por Boris Karloff), trazia o assustador Oscar Homolka como o proprietário de um museu de cera itinerante com figuras de assassinos. Assassinatos sempre acontecem por onde ele passa, e um detetive investiga o mistério;
"The New Exhibit" de "The Twilight Zone" (Além da Imaginação, 1963), mostrava como um funcionário de um Museu de Cera falido, para proteger as amadas figuras macabras às leva para o porão de sua casa. Logo, toda pessoa que toma contato com uma das estátuas, acaba morrendo misteriosamente...
"Santo en el Museo de Cera" (Santo Contra os Monstros do Museu de Cera, 1963) de Alfonso Corona Blake, mostrava o herói-lutador mexicano investigando uma série de desaparecimentos misteriosos.
Ele descobre que o sinistro Dr. Kurt Karol (Claudio Brook), está transformando inocentes em figuras de cera de monstros clássicos (Frankenstein, Lobisomem, Quasímodo, Fantasma da Ópera, etc) que se movem ao seu comando para cometer crimes! Na verdade são pessoas deformadas e deixadas em um estado de profunda letargia pelo cientista. Quando El Santo destrói seu laboratório para salvar a "mocinha", as criaturas se voltam contra seu criador...
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